1549 – Tráfico de vidas e escravidão

(1) Benguela. Johann Moritz Rugendas<br> Acervo da Fundação Biblioteca Nacional - Brasil
(1) Benguela. Johann Moritz Rugendas
Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil
(2) Congo. Johann Moritz Rugendas<br> Acervo da Fundação Biblioteca Nacional - Brasil
(2) Congo. Johann Moritz Rugendas
Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil
(3) Benguela – Angola. Johann Moritz Rugendas<br> Acervo da Fundação Biblioteca Nacional - Brasil
(3) Benguela – Angola. Johann Moritz Rugendas
Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil
(4) Congo – Monjolo. Johann Moritz Rugendas<br> Acervo da Fundação Biblioteca Nacional - Brasil
(4) Congo – Monjolo. Johann Moritz Rugendas
Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil

A escravidão para o trabalho sempre foi um grande negócio na história das civilizações do mundo. Na história do Brasil não foi diferente. O interesse econômico da coroa portuguesa e dos colonizadores foi o que motivou a escravidão dos africanos no Brasil, cujo valor como peça para o trabalho servil era superior ao do indígena, em razão de sua maior resistência, submissão e força física. Em 1549, o rei de Portugal, para estimular a cultura da cana-de-açúcar, permitiu que cada senhor de engenho introduzisse 120 escravos para o trabalho.

Detentores de muitas terras na África, os portugueses logo desenvolveram intenso tráfico de vidas humanas, chegando a organizar leilões com licença para o negócio. Os mais conhecidos africanos trazidos para o Brasil são os da Guiné-Bissau, Congo, Moçambique, Angola e Costa da Mina. Os africanos do Sudão foram introduzidos principalmente na Bahia, sendo os mais importantes os “iorubanos” ou “nagôs” e os “gegês”. Na cidade do Rio de Janeiro chegavam, principalmente, os negros de cultura banto, trazidos do Congo, de Moçambique e de Angola.

Presos em sua própria terra, os africanos eram trocados por tecidos, tapeçarias, espingardas… Importados como mercadoria, no princípio do século XVIII, cada um valia no Brasil cerca de cem mil réis. A margem de lucro dos traficantes era notável. Portugal e Inglaterra destacaram-se no terrível negócio. A todos os africanos escravizados no Brasil e seus descentes, deve-se imensa parcela da construção de nosso país e cultura.


Referências iconográficas:

(1)
Benguela
Viagem pitoresca através do Brasil
Johann Moritz Rugendas
Gravura, 1835
Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil

(2)
Congo
Viagem pitoresca através do Brasil
Johann Moritz Rugendas
Gravura, 1835
Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil

(3)
Benguela – Angola
Viagem pitoresca através do Brasil
Johann Moritz Rugendas
Gravura, 1835
Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil

(4)
Congo – Monjolo.
Viagem pitoresca através do Brasil
Johann Moritz Rugendas
Gravura, 1835
Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil