Em 28 de fevereiro de 1565, o Comandante Estácio de Sá ancora em uma praia entre o Morro Cara de Cão e o Pão de Açúcar, desembarcando no dia seguinte, 1° de março de 1565. Em razão da ocupação francesa e da hostilidade dos índios Tamoios, ele resolve se instalar na encosta do Morro Cara de Cão, onde construiu um aldeamento provisório. Atribui-se a data da chegada de Estácio de Sá em terra firme à data da fundação da cidade.
Os portugueses eram muito católicos e devotos de São Sebastião. O rei de Portugal também se chamava Sebastião. Por isso o nome da cidade foi uma dupla homenagem – tanto ao rei quanto ao santo cristão – Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Em documento escrito pelo Sacerdote Jesuíta José de Anchieta, que acompanhava Estácio de Sá, encontram-se informações sobre a construção do aldeamento:
“Logo ao seguinte dia, que foi o último de fevereiro ou primeiro de março, começaram a roçar em terra com grande fervor e a cortar madeira para a cerca […]. Como quem entrava em sua terra, o capitão-mor logo foi dormir em terra e dando ânimo aos outros para fazer o mesmo, ocupando-se cada um em fazer o que lhe era ordenado por ele, a saber: cortar madeira e carregar aos ombros, terra, pedra e outras coisas necessárias para a cerca, sem haver nenhum que se repugnasse com isso […]. Tinham já feito uma muralha muito forte de taipa de pilão, com muita artilharia dentro e com quatro ou cinco guaritas de madeira e taipa de mão […]”.
No mapa de Luiz Teixeira, de cerca de 1574, preservado nos arquivos da Biblioteca da Ajuda, de Lisboa, vê-se as indicações “Cidade Velha”, próxima à entrada da Baía de Guanabara, e “Cidade de S. Sebastiam”, para onde o núcleo matriz foi transferido, em 1567. O documento histórico fornece muitas outras informações, como, por exemplo, a localização dos rios “Magepe”, “Suruzi” e “Acarioca”, depois chamados de Magé, Suruí e Carioca.
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Referência iconográfica:
(1)
Mapa da obra Roteiro de todos os Sinais, Conhecimentos…
Luiz Teixeira
ca.1574
Acervo da Biblioteca da Ajuda, Lisboa.