1567 – Última batalha

(1) La Cosmographie universelle. André Thevet e Hans Staden. Acervo da Fundação Biblioteca Nacional - Brasil
(1) Americae Tertia pars Memorabile Provinciae Brasiliae.
Hans Staden. Acervo da Biblioteca Municipal Mario de Andrade, SP

Várias lutas se travaram, quando, em 18 de janeiro de 1567, Mem de Sá retorna à Guanabara para ajudar Estácio de Sá a expulsar os franceses e dominar os índios Tamoios. Mem de Sá traz a ajuda dos índios Temiminós, comandados pelo Cacique Arariboia. Conforme relatos, eles atacaram o reduto francês da colina de Uruçu-Mirim, atual Morro da Glória, levando os inimigos a se reunirem na Ilha de Paranapuã, atual Ilha do Governador, onde teriam sido dispersos. Dizem que a última batalha dos portugueses e Temiminós contra os franceses e Tamoios, chamada Batalha das Canoas, aconteceu na Praia de Uruçu-Mirim – atual Praia do Flamengo – em 20 de janeiro de 1567, dia do conhecido santo cristão, São Sebastião.

Nessa luta, conta a lenda, que o santo teria surgido em meio às flechas para ajudar e proteger os portugueses, que foram vitoriosos. Estácio de Sá foi alvejado morrendo pouco menos de dois meses depois. Arariboia, por sua vez, recebeu em 1568, uma sesmaria em agradecimento pela ajuda promovida a Estácio de Sá, onde se formou a Aldeia de São Lourenço. Muitos anos depois a aldeia se tornou a cidade de Niterói.

A imagem que ilustra esta narrativa, faz parte do relato da viagem de Hans Staden ao Brasil, editado em 1595. Nela identifica-se uma batalha entre portugueses e indigenas, na Baía de Guanabara. O nome Rio de Janeiro, escrito no desenho, é o que garante esta afirmação.


Referências iconográficas:

(1)
Americae Tertia pars Memorabile Provinciae Brasiliae.
Hans Staden
Frankfurt, 1595
Acervo da Biblioteca Municipal Mario de Andrade, SP