Em 1590, dois monges beneditinos, vindos do mosteiro da Bahia, receberam do fidalgo Manuel de Brito a doação de uma sesmaria, onde havia uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição, edificada em taipa de pilão. A imagem padroeira foi substituída pela a de Nossa Senhora de Monserrate, em homenagem ao Rei Filipe II, que governava Portugal e Espanha durante a chamada União Ibérica.
Em 1633, no alto de um morro, à margem da Baía da Guanabara, os cenobitas iniciariam a construção de uma nova igreja. Terminada a construção da nave e da capela-mor em alvenaria, a igreja foi solenemente inaugurada nos primórdios dos anos de 1640, por ocasião das festividades do Patriarca São Bento. Em 1652, deu-se o início das obras do novo edifício monástico, substituindo uma antiga construção de taipa.
A talha que reveste o interior da igreja foi executada a partir da segunda metade do século XVII, prolongando-se pelo século XVIII. Nela estão representadas formas simbólicas criadas para auxiliar a propagação da fé cristã. Folhas de acanto, cachos de uva, lírios, anjos, conchas e pássaros saltam do plano da parede enfatizando o contraste entre as partes claras e escuras. Finas folhas de ouro revestem as madeiras trazendo brilho e esplendor a todo o ambiente. A Igreja de Nossa Senhora de Monserrate e o Mosteiro de São Bento representam uma especial riqueza do patrimônio artístico, religioso e arquitetônico de toda história da cidade.
Referência iconográfica:
(1)
Igreja do Mosteiro de São Bento. Missa do Galo
Halleypo
Fotografia, 2009
Fonte: Commons Wikimedia