No ano de 1646, a Câmara Municipal aprovou um projeto para obtenção de recursos para a construção de uma fortaleza sobre um pequeno rochedo, localizado justamente na entrada da Baía de Guanabara, a Ilha da Laje. As obras demoraram décadas, sendo concluídas por volta de 1690.
Foi nessa ilhota de pedra que o Comandante Villegagnon teria erguido uma bateria de canhões para impedir a entrada de qualquer navegador na Baía de Guanabara. Dizem que as ondas do mar teriam destruído a bateria do comandante francês. Por essa razão, a ilhota chegou a ser chamada de Ilha Ratier, que quer dizer “Ilha da Ratoeira”. No mapa de João Teixeira Albernaz, manuscrito aquarelado de 1666, preservado na Mapoteca do Itamaraty do Rio de Janeiro, a ilhota é chamada “Alage”.
Muitas outras informações podem ser obtidas observando o precioso documento histórico, tais como outras ilhas, rios e povoações existentes na Baía de Guanabara, bem como a pequena cidade do Rio de Janeiro, com seus templos religiosos devidamente indicados no desenho. Vale destacar a forma alongada do desenho da Baía de Guanabara.
Referências iconográficas:
(1)
Aparência do Rio de Janeiro
João Teixeira Albernaz
Mapa, 1666
Acervo da Mapoteca do Itamaraty, RJ.