1695 – A cidade no final do século XVII

(1) Morro do Castelo. St. Sebastien. Ville Episcopale du Bréesil<br> François Froger. Acervo da Fundação da Biblioteca Nacional - Brasil
(1) Morro do Castelo. St. Sebastien. Ville Episcopale du Bréesil
François Froger. Acervo da Fundação da Biblioteca Nacional – Brasil
(2) Morro de São Bento. St. Sebastien. Ville Episcopale du Brésil<br> François Froger. Acervo da Fundação da Biblioteca Nacional - Brasil
(2) Morro de São Bento. St. Sebastien. Ville Episcopale du Brésil
François Froger. Acervo da Fundação da Biblioteca Nacional – Brasil
(3) St. Sebastien. Ville Episcopale du Brésil<br> François Froger. Acervo da Fundação da Biblioteca Nacional - Brasil
(3) St. Sebastien. Ville Episcopale du Brésil
François Froger. Acervo da Fundação da Biblioteca Nacional – Brasil

Ao analisar a raríssima imagem que ilustra o livro de François Froger, preservada na Biblioteca Nacional, datada cerca de 1695, constata-se que a área urbana da nascente cidade do Rio de Janeiro ocupava toda a orla da praia, entre o Morro do Castelo e o de São Bento. No Morro do Castelo, onde a cidade foi fundada, existiam poucas casas. Junto ao mar, contudo, ao longo da Rua Direita, há muitos sobrados, inclusive com três andares. Vale destacar no Morro do Castelo a Igreja de São Sebastião (F) e o Colégio dos Jesuítas (D); e no Morro de São Bento, seu mosteiro e igreja (E). No centro da imagem, junto ao mar, encontra-se a indicação do Convento dos Carmelitas (B), onde se localiza atualmente a Praça XV de Novembro. A cidade, nessa época, era bastante importante e as notícias sobre a descoberta de ouro em Minas Gerais começavam a chegar.

Foi lenta a evolução da urbe durante o século XVII. Catete, Botafogo e Rodrigo de Freitas mantinham-se como zonas agrícolas. A cidade configurada sobre exígua área do mar até as imediações da Lagoa da Pavuna – atual Largo de São Francisco – ladeada por alagadiços e pântanos, tinha, nessa época, sua trama de logradouros e caminhos firmados sobre o solo.

A paisagem urbana reunia casas térreas ou sobrados de um ou dois andares, comumente com uma porta e duas janelas no primeiro andar e três janelas no nível superior. Defronte para as ruas, as casas tinham estreitas aberturas cobertas por urupemas tecidas em palha ou treliças de madeira, elevadas muitas vezes por todo o vão dos balcões. A cidade insalubre e de fétido odor possuía, no centro de seus logradouros de terra batida, uma valeta por onde escoavam águas e imundícies.


Referências iconográficas:

(1)
Morro do Castelo. St. Sebastien. Ville Episcopale du Brésil
Reprodução parcial
François Froger
Gravura, ca.1695
Acervo da Fundação da Biblioteca Nacional – Brasil

(2)
Morro de São Bento. St. Sebastien. Ville Episcopale du Brésil
Reprodução parcial
François Froger
Gravura, ca.1695
Acervo da Fundação da Biblioteca Nacional – Brasil

(3)
St. Sebastien. Ville Episcopale du Brésil
François Froger
Gravura, ca.1695
Acervo da Fundação da Biblioteca Nacional – Brasil