Acervo da Fundação da Biblioteca Nacional – Brasil
Com a instrução de cuidar da exploração das minas descobertas recentemente pelos bandeirantes, o Governador Artur de Sá e Meneses (1697-1702) mandou abrir um caminho novo para a região mineira, que atravessava a Baía de Guanabara e subia a serra no fundo da Baía, passando por Paty do Alferes. O caminho foi concluído em 1707 e seu ponto de partida era o Rio de Janeiro. Com esse novo percurso, iniciou-se a convergência para a cidade do ouro e dos diamantes. O Rio se transformou em principal porto entre Minas Gerais e a metrópole.
Nesse período, outros fatos concorreram para a centralização no Rio de Janeiro e do transporte marítimo do ouro para Lisboa. As capitanias do sul do país se achavam sob a alçada do governador do Rio. O poder, assim localizado, via a necessidade de concentrar as exportações para mais fácil controle dos impostos. Ao mesmo tempo, as invasões francesas e holandesas na costa nordestina intimidavam o tráfego marítimo, tornando-o praticamente limitado ao eixo Rio-Lisboa.
Duas décadas depois, foi criado outro caminho ainda mais curto para as Minas Gerais, que subia a Serra da Estrela, percorrendo o vale do Rio Piabanha. Nessa região, mais especificamente na área da Fazenda Córrego Seco, anos mais tarde, foi erguida por Pedro II a cidade de Petrópolis.
Referência iconográfica:
(1)
Caminho dos Orgãos
Souvenirs de Rio de Janeiro
Johann Jacob Steinmann
Gravura, 1839
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