Acervo da Fundação da Biblioteca Nacional – Brasil
Em 1708 é lançada a pedra fundamental da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, junto à Rua da Vala. A Igreja, construída pelos próprios fiéis, originou-se da fusão de duas confrarias vindas do século anterior – a de Nossa Senhora do Rosário e a de São Benedito dos Homens Pretos – essa última formada por homens pretos, livres e escravos.
As obras terminaram em 1728, sendo atribuída sua construção ao Governador Luiz Viana Monteiro. Nessa época, a igreja era o único templo localizado além dos limites da cidade, do outro lado da vala aberta, em 1643, para escoar as águas da Lagoa de Santo Antônio. Centro religioso de mulheres e homens negros do Rio Colonial, a igreja teve como mestre de capela, de 1798 a 1808, o notável compositor mulato Padre José Maurício Nunes Garcia.
Em 1737, a igreja passou a sediar a Sé do Rio de Janeiro, sendo, por isso, o primeiro local visitado pelo Príncipe Regente Dom João, em 1808. Nesse ano foi celebrada a missa de ação de graças pela chegada do príncipe regente e da família real. Ao desembarcarem no cais do Largo do Paço, caminharam pela Rua do Rosário até a igreja para a importante celebração. Em 1813, o artista colonial negro, Mestre Valentim, foi ali sepultado. Tendo sofrido grande incêndio em 1967, a igreja foi reconstruída e inaugurada solenemente em 13 de maio de 1971.
Referência iconográfica:
(1)
Igreja do Rosário
Augusto Malta
Fotografia, 1920
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