Luiz Eugenio Teixeira Leite. www.orioqueorionaove.com
Em 1710, na tentativa de invadir o Rio sem ser visto, o comandante francês Jean-François Duclerc optou por ingressar pela Baía de Sepetiba, ao invés de invadir a cidade ingressando pela Baía de Guanabara, cuja entrada na barra era fortemente armada. Em 11 de março, Duclerc desembarcou em Guaratiba, com 1.200 homens. Atravessou a Serra da Gruta Funda, seguiu por Vargem Grande, Jacarepaguá e Tijuca até o Engenho Velho.
Dirigindo-se à cidade, na altura da Lagoa do Sentinela, tomou a Estrada de Matacavalos – atual Rua do Riachuelo – onde lhe fizeram resistência. Ele abandonou os lodaçais e subiu a encosta do morro ao lado, chegando à antiga Ermida do Desterro, onde viria localizar-se, décadas depois, o Convento de Santa Teresa.
Ali, com seus camaradas, lutou contra 200 paisanos, provocando um princípio de incêndio na pequena capela. Depois, no centro da cidade colonial, foi travado um violento combate que contou com a força dos estudantes do Colégio dos Jesuítas e do Convento de Santo Antônio. Os moradores da cidade alvejaram os invasores com água e azeite ferventes. Os franceses tiveram que se render. Preso na cidade, o comandante Duclerc foi misteriosamente assassinado por quatro homens encapuzados.
Dizem que, em 1710, Santo Antônio defendeu com todas as suas forças os inimigos invasores. Desse episódio em diante, o santo tornou-se um soldado defensor da cidade, ganhando inclusive soldo militar. Desde esse primeiro combate ele está em um nicho da fachada do Convento de Santo Antônio, no Largo da Carioca, destacado por uma discreta iluminação há mais de 300 anos.
Referência iconográfica:
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Santo Antônio do Relento do Convento de Santo Antônio
Luiz Eugênio Teixeira Leite
Fotografia
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