
João Massé. Acervo do Serviço de Documentação da Marinha
Depois dos ataques dos franceses Duclerc, em 1710, e de Duguay-Trouin, em 1711, o governo português se empenhou em construir fortificações para defender a cidade. Afinal, as atividades de extração de ouro e pedras preciosas em Minas Gerais já estavam acontecendo e o Rio era alvo certo para a cobiça dos inimigos. Para trabalhar pela defesa da cidade, diversos engenheiros militares foram convocados, como ocorreu com o Brigadeiro João Massé que projetou um muro em torno do pequeno núcleo colonial. O muro não foi executado, mas o trabalho do Brigadeiro gerou a primeira planta da cidade do Rio de Janeiro, datada, aproximadamente, de 1713.
No desenho de Massé acima, vê-se o muro, assim como muitas outras informações, tais como: Fortaleza de São Sebastião no Morro do Castelo (A); Armazém do Rei (G); Casa da Moeda (H); Convento de São Bento (M); Fortaleza da Conceição (Q) e Convento de Santo Antônio (T).
Vale observar que a Casa dos Governadores, edificada em 1743, hoje conhecida como Paço Imperial, localizou-se exatamente no lugar do Armazém do Rei (G) e da Casa da Moeda (H). Ruínas dessas primeiras construções podem ser vistas no pátio do Paço, mais antigo palácio da cidade, localizado na Praça XV de Novembro.
Referência iconográfica:
(1)Planta da Cidade do São Sebastião Rio de Janeiro
João Massé
1713
Acervo do Serviço de Documentação da Marinha
Fonte: Commons Wikimedia