1714 – Nossa Senhora da Glória

(1) N.S. da Gloria. Henry Chamberlain. Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil. Coleção Brasiliana / Fundação Estudar. Doação da Fundação Estudar, 2007
(1) N.S. da Gloria. Henry Chamberlain
Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil. Coleção Brasiliana / Fundação Estudar. Doação da Fundação Estudar, 2007
(2) Igreja e praia da Glória. Leandro Joaquim. <br> Acervo do Museu Histórico Nacional, IBRAM, Ministério da Cidadania, 2019
(2) Igreja e praia da Glória. Leandro Joaquim.
Acervo do Museu Histórico Nacional, IBRAM, Ministério da Cidadania, 2019
(3) Igreja de Nossa Senhora da Glória. RF Pereira. Acervo particular
(3) Igreja de Nossa Senhora da Glória
RF Pereira. Acervo particular
(4) Igreja de Nossa Senhora da Glória. RF Pereira. Acervo particular
(4) Igreja de Nossa Senhora da Glória
RF Pereira. Acervo particular

A edificação da Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, deu-se entre 1714 a 1739, na colina chamada de Uruçu-Mirim, às margens da Baía de Guanabara, onde um senhor chamado Antônio Caminha havia construído, nos idos de 1671, uma ermida dedicada à Virgem da Glória.

Dizem que Caminha erigiu a ermida para agradecer a vitória dos portugueses contra os franceses na famosa batalha de 1567, ocorrida exatamente ali, nas águas da Praia de Uruçu-Mirim, atual Praia do Flamengo. O desenho da igreja é do Tenente José Cardoso Ramalho, a quem também é atribuída a autoria da Igreja de São Pedro dos Clérigos, demolida no século XX.

Em 1739 foi constituída a Irmandade de Nossa Senhora da Glória, que se tornou “Real” e, depois, “Imperial” Irmandade devido à devoção a Nossa Senhora da Glória pela Família de Dom João e sucessores.

A planta da igreja é formada por dois octógonos irregulares alongados e interligados, precedidos por uma torre sineira de base quadrangular. A forma geométrica dos octógonos se traduz no movimento das paredes externas, por sua vez marcadas por pilares em cantaria, encimados por robustos coruchéus.

A igreja representa uma joia da arquitetura barroca brasileira, apresentando diversas e ricas características, dentre as quais se destacam os excepcionais painéis em azulejaria monocromática azul, sobre fundo branco, datados de 1735 a 1740. No alto de uma colina, a igreja é como uma pequena pérola na paisagem carioca – uma bela referência vista do mar, do Aterro do Flamengo ou do centro da cidade.


Referências iconográficas:

(1)
N.S. da Gloria.
Álbum Views and costumes of the city and neighbourhood of Rio de Janeiro
Henry Chamberlain
Gravura, 1821
Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil. Coleção Brasiliana / Fundação Estudar. Doação da Fundação Estudar, 2007

(2)
Igreja e praia da Glória
Leandro Joaquim
Óleo sobre tela, 17–
Acervo do Museu Histórico Nacional, IBRAM, Ministério da Cidadania, 2019.

(3)
Igreja de Nossa Senhora da Glória
RF Pereira
Fotografia. Teto da sacristia, 2008
Acervo particular

(4)
Igreja de Nossa Senhora da Glória
RF Pereira Fotografia. Cena em azulejos, 2008
Acervo particular