1747 – Aqueduto da Carioca

(1) Lagoa do Boqueirão e Aqueduto da Carioca. Leandro Joaquim. <br> Acervo do Museu Histórico Nacional, IBRAM, Ministério da Cidadania, 2019.
(1) Lagoa do Boqueirão e Aqueduto da Carioca. Leandro Joaquim.
Acervo do Museu Histórico Nacional, IBRAM, Ministério da Cidadania, 2019.
(2) The Aqueduct in Rio de Janeiro. William Alexander. Acervo da Pinacoteca do Estado<br> de São Paulo, Brasil. Coleção Brasiliana / Fundação Estudar. Doação da Fundação Estudar, 2007
(2) The Aqueduct in Rio de Janeiro. William Alexander. Acervo da Pinacoteca do Estado
de São Paulo, Brasil. Coleção Brasiliana / Fundação Estudar. Doação da Fundação Estudar, 2007

O Aqueduto da Carioca é considerada a primeira grande obra de engenharia do Rio de Janeiro. Da ideia à realização completa do feito, decorreram cerca de 100 anos.

Desde o século XVII a cidade colonial tinha um precário abastecimento de água recolhida de riachos e fontes distantes do centro. Em 1672, iniciou-se o desvio de parte das águas do Rio Carioca junto à sua nascente do Silvestre, localizada abaixo do Morro do Corcovado, na Floresta da Tijuca. Dali, essas águas corriam por uma canaleta pelo Morro de Santa Teresa, cujo percurso deu origem à atual Rua Almirante Alexandrino, no bairro de Santa Teresa. Nessa primeira fase, foi construída a partir da canaleta, um desvio para o Convento de Santa Teresa e um pequeno aqueduto para abastecer o Convento da Ajuda, que se localizava na atual Praça Floriano, na Cinelândia.

Para a água alcançar o centro da cidade colonial era preciso mais. Sob o comando do Governador Gomes Freire de Andrade (1733-1763), o Conde de Bobadela, o engenheiro português José Fernandes Pinto Alpoim projetou e construiu o novo aqueduto entre os Morros de Santa Teresa e de Santo Antônio, trazendo a água do Rio Carioca até o Campo de Santo Antônio.

Em 1723, já se achava um chafariz com 16 bicas no Campo de Santo Antônio – o primeiro da cidade. O risco do engenheiro militar Alpoim conferiu ao aqueduto a forma final, ao que se conhece atualmente por Arcos da Lapa. E o Campo de de Santo Antônio ganhou o nome do rio cujas águas, ali, começaram a jorrar. Chamou-se Largo da Carioca.


Referências iconográficas:

(1)
Lagoa do Boqueirão e Aqueduto da Carioca
Leandro Joaquim (atribuído)
17–
Óleo sobre tela
Acervo do Museu Histórico Nacional, IBRAM, Ministério da Cidadania, 2019

(2)
The Aqueduct in Rio de Janeiro (taken Dec. 1792)
William Alexander
Água-forte, aquarela e buril sobre papel, 1812
Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil. Coleção Brasiliana / Fundação Estudar. Doação da Fundação Estudar, 2007