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Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil
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Johann Moritz Rugendas. Acervo particular
Em 1758, vereadores da cidade decidem sobre o risco que a venda de escravos no centro da cidade poderia causar à população. O comércio das vidas humanas trazidas de Guiné-Bissau e de diferentes regiões da África deveria ter uma nova localização, sendo considerados os lugares mais indicados as áreas junto ao mar, no Valongo e na Gamboa. Contrariando a vontade de muitos, a decisão veio de encontro à necessidade de se criar novos ancoradouros para a cidade, cujo transporte marítimo de mercadorias era cada vez maior.
A orla do Valongo e a da Gamboa passaram a servir de ancoradouro para compra e venda de escravos, assim como para o controle do ouro e de toda sorte de mercadoria. Na Rua do Valongo, especialmente, encontrava-se o mercado dos afrianos mais cobiçados, um verdadeiro depósito ou “entreposto” comercial de vidas humanas. Quase um século depois, em 1834, finalmente foi extinto o Mercado do Valongo, como também a forca que existia na Prainha, atual Praça Mauá, foi também retirada.
Referências iconográficas:
(1)
Debarquement.
Viagem Pitoresca através do Brasil
Johann Moritz Rugendas
Gravura, 1835
Acervo particular
(2)
Boutique de la Rue du Valongo
Voyage pitoresque et historique au Brésil
Jean-Baptiste Debret
Gravura, 1835
Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil