Para maior garantia do envio do ouro e dos diamantes das Minas Gerais a Portugal, descobertos e explorados desde o final do século XVII, assim como para maior controle da cobrança dos impostos, o Brasil é elevado à categoria de Vice-Reinado de Portugal e a cidade do Rio de Janeiro torna-se a capital da colônia, tomando o lugar da cidade de Salvador.
Todo o ouro retirado do Brasil passou a ter a obrigação de sair por um só porto: o da cidade do Rio de Janeiro. A Casa dos Governadores, erguida em 1743 no Largo do Carmo, passou a receber os novos govenantes, chamando-se Paço dos Vice-Reis.
Nesse próspero período, em que se dava o envio do ouro para a Metrópole pelo porto do Rio, quando as lavouras de café começavam a ser implementadas, a cidade recebeu muitas melhorias urbanísticas, como a remodelação do Largo do Carmo e a criação do Passeio Público, além da execução de aterros, abertura de novos logradouros e reedificação de fortalezas. Localizada entre os quatros morros: Castelo, São Bento, Conceição e Santo Antônio, a ocupação urbana avançou até as imediações do Campo de Santana.
Foram Vice-Reis do Brasil residindo no Paço dos Vice-Reis:
1763-1767: Antônio Álvares da Cunha – Conde da Cunha
1767-1769: Antônio Rolim de Moura Tavares – Conde de Azambuja
1769-1779: Luís de Almeida Portugal Soares de Alarcão d’Eça e Melo Silva Mascarenhas – Marquês do Lavradio
1779-1790: Luís de Vasconcelos e Sousa
1790-1801: José Luís de Castro – Conde de Resende
1801-1806: Fernando José de Portugal e Castro
1806-1808: Marcos de Noronha e Brito
Referência iconográfica:
(1)
Marquez do Lavradio
João Maria Caggiani
1843
Acervo da Biblioteca Nacional de Portugal
(2)
Portrait of Dom Luis de Vasconcelos e Souza
Leandro Joaquim
Óleo sobre tela, ca. 1790
Acervo do Museu Histórico Nacional, IBRAM, Ministério da Cidadania, 2019