1775 – Nossa Senhora da Candelária

(1) Igreja da Candelária. Pieter Godfred Bertichem<br> Acervo da Fundação Biblioteca Nacional - Brasil
(1) Igreja da Candelária. Pieter Godfred Bertichem
Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil
(2) I. da Candelária. Augusto Malta<br> Acervo da Fundação Biblioteca Nacional - Brasil
(2) I. da Candelária. Augusto Malta
Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil
(3) Teto da Igreja da Candelária. Macia Rosa. Flickr.com
(3) Teto da Igreja da Candelária. Marcia Rosa. Flickr.com

Em 1775, iniciou-se a construção da nova Igreja de Nossa Senhora da Candelária, como a conhecemos hoje. Sob o risco do Sargento-mor Francisco João Rocio, o novo templo teve origem em uma ermida erguida no mesmo local pelo casal Antônio Martins da Palma e sua esposa Leonor Gonçalves, na terceira década do século XVII, em retribuição à Virgem da Candelária por terem sido salvos de uma tormenta durante uma viagem às Índias.

Em 1630, a capela do casal português já estava erguida. Em 1775, a Irmandade do Santíssimo Sacramento determinou a construção da nova igreja, no lugar da antiga capela, já em ruínas. Em 1811, Dom João assistiu, no local, a primeira missa, mas a igreja não estava concluída. Depois de polêmico debate sobre o material a ser utilizado, em 1865, o Arquiteto Gustav Waehneldt deu início à construção da cúpula erguida com tijolos no cruzamento das duas naves da igreja. Diversos engenheiros, arquitetos e artistas participaram da construção do templo, concluído apenas em 1898.

Com linguagem clássica de origem romana, destaca-se por sua monumentalidade e pelo contraste das paredes brancas demarcadas por elementos ornamentais em mármore ou estruturais em cantaria. Zeferino Costa assina as pinturas da cúpula, do teto da nave central e do altar-mor. Os vitrais foram encomendados da Alemanha e a majestosa porta de bronze, obra do escultor português Antônio Teixeira Lopes, foi colocada em 1901.

Ao comparar as duas imagens que ilustram esta citação, vê-se uma diferença. Na primeira, a mais antiga, datada de 1856, a grande cúpula da igreja ainda não havia sido erguida. Na outra imagem, uma fotografia de Augusto Malta, do início do século XX, a obra de Zeferino Costa já estava concluída há décadas. Com sua monumentalidade, arte e primorosa execução, a Igreja da Candelária é uma valiosa referência da história da cidade.


Referências iconográficas:

(1)
Igreja da Candelária
O Brasil Pitoresco e monumental
Pieter Godfred Bertichem
1856
Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil

(2)
I. da Candelária
Augusto Malta
Fotografia
Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil

(3)
Teto da Igreja da Candelária
Marcia Rosa
Fotografia
Fonte: Flickr.com