1817 – Missão Científica Austro-Bávara

Casada com Dom Pedro por procuração, em Viena, no dia 13 de maio de 1817, chega em 6 de novembro de 1817, ao Rio de Janeiro, Carolina Josefa Leopoldina – arquiduquesa da Áustria e primeira imperatriz do Brasil. Ela trouxe consigo a Missão Científica Austro-Bávara que deveria descobrir, registrar e colher exemplares da fauna e flora brasileiras para museus, jardins zoológicos e jardins botânicos de seu país.

Os estudiosos naturalistas deixaram registros científicos e artísticos sobre a fauna e a flora do Brasil de grande valor até os dias de hoje, entre os quais se destaca o livro Flora Brasiliensis, onde Carl Friedrich Philipp von Martius identificou, pela primeira vez, os cinco ecossistemas do país: caatinga, cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Amazônia.

O trabalho dos cientistas trazidos pela imperatriz Leopoldina serviram para enriquecer o acervo do Museu Real, criado por Dom João em 1818. Depois da morte da imperatriz, um museu em Viena foi inaugurado, em 1821, para abrigar as coleções que ela havia reunido.

A Missão Científica Austro-Bávara era composta dos seguintes estudiosos:

Carl Friedrich Philipp von Martius – botânico
Dominik Sochor – caçador, empalhador
Johann Baptist von Spix – zoólogo
Johann Buchberger – pintor
Johann Emanuel Pohl – professor de História Natural
Johann Natterer – assistente de Zoologia
Rochus Schüch – mineralogista
Thomas Ender – pintor

Outros artistas alemães vieram para o Brasil, tais como:

Johann Moritz Rugendas – pintor
Emil Bauch – pintor

Referências iconográficas:

(1)
Maria Leopoldina of Austria (1797-1826), empress consort of Brazil.
Joseph Kreutzinger
Óleo sobre tela, 1815
Acervo: Schönbrunn Palace, Viena
Fotografia: Octávio Tarquínio de Souza
Fonte: Commons Wikimedia

(2)
Débarquement de la princesse Léopoldine : à Rio de Janeiro
Voyage pittoresque et historique au Brésil.
Jean-Baptiste Debret
Gravura,1839
Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil