Ao longo da terceira década dos oitocentos, de 1831 a 1840, quando Dom Pedro II governou, através de seus regentes, a cidade se desenvolveu para oeste, para além do Campo da Aclamação, ocupando áreas aterradas conhecidas como Cidade Nova. Nesse período se deu, também, o deslocamento progressivo do centro político-administrativo localizado no Largo do Paço Imperial , atual Praça XV de Novembro, para o citado Campo da Aclamação, hoje Praça da República.
A cidade contava com 10 livrarias, 12 tipografias, 12 bancos, 15 sapatarias, 9 hotéis, 33 padarias e muitos outros estabelecimentos. A Rua do Ouvidor era o logradouro mais requintado, vindo a se destacar ainda mais no final do século. O transporte era precário, com carruagens, coches, gôndolas e diligências. A vida cultural possuía ilustres instituições como o Colégio Pedro II, fundado em 1837, e o Instituto Histórico e Geográfico, de 1838.
Conforme mostra o desenho que ilustra esta citação, em 1852 o tecido urbano do centro da cidade já havia avançado para oeste, ultrapassando a atual Praça da República. Na paisagem de Rugendas, por sua vez, registrada do Morro de São Bento, vê-se a densidade de edificações do centro da cidade e o Morro do Castelo, no fundo da imagem.
Referência iconográfica:
(1)
Rio de Janeiro em 1852. A expansão do tecido urbano.
RF Pereira
Desenho, 1989
Acevo particular
(2)
Vue prise devant l´ Église de San-Bento
Viagem Pitoresca através do Brasil
Johann Moritz Rugendas
Gravura, 1835
Acervo particular