Édouard Viénot. Pt.Wikipedeia
L. Therier. Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil
Passados quase cem anos do início da Revolução Industrial inglesa, em 1854, finalmente eram inaugurados na cidade do Rio de Janeiro a primeira ferrovia e a primeira fábrica de gás do Brasil, assim como o Canal do Mangue. Irineu Evangelista de Sousa, Barão e Visconde de Mauá, o mais célebre e corajoso empreendedor da época, foi o autor dos feitos.
Em 1851, foi firmado o contrato entre o Governo Imperial e o Barão de Mauá para a implantação de um sistema de iluminação da cidade que, até então, possuía apenas lampiões nas esquinas e em pontos estratégicos, com pavios embebidos em óleo de peixe. Mauá criou a Companhia de Iluminação a Gás que se instalou no prédio conhecido como Fábrica de Gás, localizada junto ao atual Canal do Mangue, onde ainda se acha uma parte da antiga construção em que sobressai uma pequena torre com um relógio. O gás que levava luz para as ruas do centro do Rio era distribuído através de uma rede subterrânea com 28km de extensão. O Canal do Mangue foi construído pelo barão às suas próprias custas para a navegação de batelões e chatas que transportavam carvão vindo do mar, até a fábrica de gás.
Em 1852, foi iniciada pelo Barão de Mauá a implantação da primeira Estrada de Ferro do Brasil, que ligava o Porto de Mauá, no fundo da Baía de Guanabara até a Raiz da Serra, depois prolongada até o alto, alcançando a cidade criada por Dom Pedro II: Petrópolis. Essa obra contou com a iniciativa de Pereira Passos que realizou os estudos necessários para adaptar o sistema de cremalheira, criado pelo engenheiro suíço Riggenbach, que conhecera em 1872.
Referências iconográficas:
(1)
Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá.
Édouard Viénot
Fotografia, ca.1872
Fonte: Pt.Wikipedeia
(2)
Estabelecimento de Illuminação a gaz no Rio de Janeiro.
L. Therier
Gravura
Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil