Dom Pedro II determina o reflorestamento de parte do Maciço da Tijuca, devastado pelas lavouras de café para preservar os mananciais de água da floresta que abasteciam a cidade, designando o Major Manoel Gomes Archer para administrar o trabalho.
Em 1861, o Major Archer coordenou o reflorestamento do Maciço da Tijuca. Durante 12 anos e alguns meses (1861 a 1874), orientou o plantio de cerca de 100.000 mudas com a ajuda de cinco escravos, sendo entre eles uma mulher e mais trabalhadores remunerados. Ele adotou espécies nativas trazidas das fazendas do Rio, como a canela, o cedro, o jequitibá, a peroba, o pau-brasil e o nobre jacarandá. Construiu também um viveiro de mudas. Ali elas cresciam em canteiros adubados, protegidas do sol forte. Depois, em cestas de palha, eram plantadas nos locais definitivos, dentro de covas profundas.
Quiosques e pavilhões foram erguidos para acolher os visitantes. Foi um trabalho gigantesco. As mudas, aos milhares, fizeram renascer a maior floresta urbana do mundo: a Floresta do Parque Nacional da Tijuca.
Referência iconográfica:
(1)
Major Manoel Archer
Retrato, Séc. XIX
Acervo dos Museus Castro Maya, IBRAM, Ministério da Cidadania, 2019